Friday, September 29, 2006

Aos Sete...

No princípio eram sete
Criados à Sua imagem e semelhança
Fruto de uma realidade não prometida
Como deus!

Dos sete reza a história quatro
Cavaleiros reinantes do Tudo
Arcanjos de Deus
Iguais na plenitude esperimentada
Diferentes à vista humana

Gabriel, o Homem de Deus
O da Esperança, da Anunciação, da Revelação
Mensageiro da boa-nova
Que nos guiará, assim Deus queira
À Eternidade

Rafael, o Deus Cura
Da Cura, da Acompanhamento
O mais humano dos Arcanjos
Que mascarado de homem
Acompanhou Tobias
Na sua caminhada

Miguel, o Que é Como Deus
Do Arrependimento, da Justiça
Chefe Supremo dos Exércitos Celestiais
Padroeiro de todos nós, Igreja
Livrará ele do mal o mundo

Luzbel, o mais perfeito dos Arcanjos
O mais parecido com Deus
Teve tudo, mas quis mais
Quis ser maior, maior que Deus
Quis ser Deus
E tudo perdeu.
Hoje nem Deus lhe vale
Porque morre todos os dias
A ausência de Deus

Antes do Homem
Antes de mundo ser mundo
Antes de serem sete os dias da criação
Foram sete os Anjos de Deus

Thursday, September 28, 2006

Obcecação XXIII

Longe andam as vozes
Que anunciam a Verdade ao mundo


Aqui
Epitáfios gritam feitos falsos
De vidas não sofridas
Não choradas
Não vividas

Morto está hoje
O entusiasmo da procura
Que liberta, salva
Do mal que se impregna
Em cada acto consumado
Que fere, trespassa
Todo o coração fraco
De Amor

“Fosse eu maior”...
Um eu que é tão grande!
Pudesse ele ver
A imensidão que o criou
Igual a si
Acreditasse ele o que apregoa
Fosse ele exemplo

Perto o silêncio cala
A Fé

Tuesday, September 26, 2006

Obcecação XXII

Quando me deixo ir
Quando sigo essa luz
Percebo

Deixo de perguntar
Porque só pergunta
Quem não sabe e quer saber


Eu sei

Sinto-te perto
Sinto-me dentro
De um abraço forte
Que me carrega
E me leva
Onde eu nunca fui
Onde eu nunca soube querer ir
Ao desconhecido (que é Amor!)

Friday, September 22, 2006

De Mraz...



Oh Love, In Sadness

Sing about that oh love it's a brittle madness, I sing about it in all my sadness
Not falsified to say that I found God so
Inevitably well it still exists.
Pale and fine I can't dismiss
And I won't resist and if I die well, at least I tried

And we just lay awake in lust and rust in the rain
And pore over everything we say we trust
Well it happened again, I listened in through hallways and thin doors
Where the rivers unwind, rust and the rain endure.
The rust and the rain so thin
Well I'm in like Flynn again
(I'm in)

So go on place your order now cause some other time is right around the clock
You can stand in line well it finally begins oh just around the block
You can have your pick if your stomach is sick whether you eat or not
And there is just one thing that I almost forgot

You see, well, I'm feeling lucky oh well, maybe that's just me
Well you'd be(so)proud of me oh well, if you could only see
How we're gonna grow on up to be,
Ah yes we are thick as thieves

Sing about that oh love it's a brittle madness, I sing about it in all my sadness
It's not falsified to say that I found God so
Inevitably, well it still exists so pale and fine I can't dismiss
And I won't resist and if I die well at least I tried

And we just lay awake in lust and rust in the rain
And pore over everything we say we trust
Well it happened again, I listened in through hallways and thin doors
Where the rivers unwind and the rust and the rain endure
The rust and the rain endure, I'm sure.

Because I'm insofar to know the measure of love ain't lost, love will never, ever be-
Insofar to know, the measure of love ain't lost, love will never, ever be-
Insofar to know, the measure of love ain't lost, love

Thursday, September 21, 2006

"Aos de coração puro"...

Olha p’ra mim
Deixa-me levar-te (longe)
Deixa-me entregar-te esta minha vida (pequena)
Deixa-me dizer-te o que és para mim (tudo)

Olha à tua volta
Sente em cada um que vês (sentes?)
A presença desse amor que não se esgota (nunca)
E que é para ti (aceita!)

Olha p’ro céu
Toda luz que te invade (conforta)
É para ti (agradece)
Aproveita
(já agradeceste?)

Wednesday, September 20, 2006

A Deus...

Diante de Ti peço
Que olhes por mim
Que te lembre sempre
Que é por Ti
Este caminho
Esta vida

Carrega-me Senhor
Faz-me teu
E se hesitar
Se por um momento vacilar
Hoje te imploro
Que esqueças a liberdade que me deste.
Intervém!

Mas Tu não esqueces
Manténs-te fiel à tua promessa
Sempre

Oh Senhor,
Ensina-me a ser como Tu
Como o teu filho, Jesus

Ajuda-me, Senhor, a Amar
Ajuda-me, a fazer meus os teus
Ajuda-me!

Monday, September 18, 2006

Obcecação XXI

Quando me falas tento ir mais longe.
Mais fundo.

As palavras que dizes
Não são só palavras
Iguais a outras.
Palavras.

Mas ganham em ti vida
E tornam-se diferentes das outras.
Palavras.

Quando choras
São molhadas e salgadas
Enquanto as outras
Secas e insonsas.
Palavras.

Quando ris
São música
Têm tons, vida
Tão diferentes da monotonia
Das outras.
Palavras.

Não me deixo ir
Com palavras
Mas essa melodia harmoniosa
Com cores, cheiros, tons
Leva-me longe!


Este particularmente dedicado a esse grande homem, que aprendo a amar a cada dia que passa: Bento XVI, o Papa!

Monday, September 11, 2006

Obcecação XX

São bonitos os dias que passam
As lembranças de ti
Do teu sorriso
Raro
Da tua voz

Ontem sem saber porquê
(E é sempre assim,
Sem porquês...)
Só pensava em ti
Sem rosto
Só um nome

Será que a vida
Nos volta a juntar?
Quem sabe...
Mas era bom
Tão bom
Que desta vez
Fosse mais...

Friday, September 08, 2006

Aos ímpios...

Calem-se!
Pensadores vãos
Filósofos de coisa nenhuma
Imitadores do mal
Nada

O vosso engano é a morte
Da consciência que liberta
E guia até à Verdade
Que é uma e una

Porque dizem que o homem é tudo?
Não vêm que é pouco?
O homem é mais, tão infinitamente
Mais que tudo
É enorme
É de Deus.

Porque dizem que o homem é nada?
Não vêm que é muito?
O homem é menos, tão infinitamente
Menos que nada
É minúsculo
É de Deus

Não me tentem explicar
A dura e crua ausência de tudo
Com o nada do vazio que não se vê
Porque o nada e tudo não são nossos
E em nós são tudo e nada
Numa confusão de sentimentos
Que nos fala e lembra
De Deus!

Wednesday, September 06, 2006

Obcecação XIX

Diz-me tu porque foi assim?
Porque tivemos de sofrer
Os dois?
Porque perdemos
E nos deixámos levar
Por esse caminho que arrasou
O que era puro
Em nós?

Diz-me tu porque deixámos
De ser o que éramos?
Nós,
Que éramos promessa
De tanto, tão vasto
Tão grande
Porque caímos?
Porque nos deixámos estar
Caídos?

Diz-me Tu agora!
Porque não esqueço?
Porque vivo agarrado a essa
Mera ideia de um nós?
Porque não sei ser nós
Se não for com essa
Que perdi, orgulhosamente
Levada, sem que nada fizesse?
Nada!

Digam-me porque foi assim?
Porque é que agora só espero de mim
Nada.

Monday, September 04, 2006

Poema à Mãe

Do pouco que vivi
Reza uma vida
Cheia
Que partilho
Consigo

Hoje somos só dois
E temo-nos infinitamente
Sei que nem sempre é fácil
Nem sempre são as palavras ternas
Nem sempre tudo fala
De amor

Mas quero que saiba,
Que estou cá
Atento
Que aprendi
Que sei
Hoje
O que quero
Para onde vou…

E agradeço!

Parabéns Mummy!

Friday, September 01, 2006

Obcecação XVIII

Esta ansiedade que me invade
Do amanhã que nunca chega
Do hoje que demora a passar
Do agora, que é sempre agora
Alimenta em mim esta agonia
Presente
Esta dor que me fere e se torna maior
A cada passo

É a procura do momento que não existe
Tempo que não há
Sem princípio nem fim
Infinito por defeito
Enorme por desejo
Ausente em mim

“Querendo…”
É este o infinito que também quero
“Fazendo…”
Não há verdade que esconda
A mais triste e vã realidade
Do nada que enche, inunda
Fruto de uma mágoa profunda
Que vem desse lugar escondido
De onde brotaria, não fora perdido
O Amor!

Esta ansiedade que me invade
É a procura do momento que não existe

“Querendo…”