Monday, July 31, 2006

Ao Infinito...

Lembro-me de ti quando me sento à beira-mar e escuto o silêncio temperado de sal e vento. Tudo é azul à minha frente! Um azul pintado, aqui e além, de um branco que, de imaculado, ganha formas e me lembra como és grande...

Oh! infinito.

Lembro-me de ti quando me passeio e vejo gente, que de igual a mim se diferencia por cores, cheiros, formas. E há tantos. E tão diferentes. E tão iguais a mim. Um claro desafio a uma compreensão que se quer cega e me lembra como és vasto...

Oh! infinito.

Lembro-me de ti quando só, me sinto acompanhado, e penso que nada vale assim tanto a pena. Só tu vales a pena e em ti este nada transforma-se em tudo. Em ti tudo se transforma e se torna maior e vale a pena. Em ti tudo me lembra como és bonito...

Oh! infinito.

Lembro-me de ti quando te chamo, qualquer que seja o nome que te dê. E agora lembro-me que te chamo (também)...

Infinito!

Friday, July 28, 2006

De Xavier...

Não me move, Senhor, para querer-vos
A glória que me tendes prometido,
Nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de ofender-vos.

Moveis-me Vós, Senhor, move-me o ver-vos
Pregado nessa cruz e escarnecido,
Move-me o vosso corpo tão ferido
E essa morte que vejo padecer-vos.

Minha alma em vos amar tanto se esmera
Que ainda a faltar céu, eu vos amara
E não havendo inferno eu vos temera.

Nada por vos amar de Vós espero
Pois se o que espero em Vós não esperara
O mesmo que vos quero vos quisera.

Tuesday, July 25, 2006

Obcecação VIII

Onde foi que um dia te deixei
Perdido, como que esquecido
Mas lembrado em cada gesto

Porque foi que um dia te deixei
A ti, que eras em mim tudo
Corpo e Sangue e Alma e Santidade

Quando foi mesmo
Aquela manhã
Diferente?

Foi já à muito
Mas todos os dias (todos os dias!)
É lembrada... nunca esquecida.

Tuesday, July 18, 2006

Obcecação VII

Onde vais quando me foges
Quando parado, pensas em mim
Mas desanimas
Dizes que é pouco
Queres mais
Dizes-me que precisas
Imploras-me
Exiges!

Desistes...

Esqueces tudo
Nem imaginas como fico
Triste.
Contigo.
Ao teu lado.
Sempre.
Todo o meu ser grita,
Te grita,

Descobre-me!

Porquê?, insistes
Porque é a vida
De mim para ti.

Wednesday, July 12, 2006

Obcecação VI

Em mim tudo é pequeno, fugaz, efémero
Em mim tudo é seco, oco, pouco
Em mim tudo é nada

Quando me olhas, tocas, falas
Ah, quando és em mim
Tudo se modifica

Mas és sempre em mim
Mesmo quando
Pequeno, fugaz, efémero
Seco, oco, pouco
Nada

Onde estás que não me encontro?
Em ti, respondes-me
Em Ti!

Sunday, July 09, 2006

Ao reencontro...

O que esperar deste reencontro senão um abraço. Aquele abraço.


Sei que vou querer mais, quero sempre mais. Mas vou conter-me. Vou ter de aprender. Porque é mesmo assim: um abraço chega. Não chega apenas, um abraço enche e faz transbordar. Mas tantas vezes não o sinto. Vivo constantemente nesta ansiedade de querer e esqueço-me, esqueço-me sempre, que tudo à minha volta me fala de outra coisa. Então reproduzo, imito. Penso: "de tanto imitar talvez passe a experimentar como realidade que deve ser". Engano-me. Tantas vezes.

Então porque continuo? Porque não me deixo disto e passo a aceitar o que vem e a contentar-me? Ou então porque não contraponho e passo a pedir mais, como convicção?

Porque já experimentei. Porque aquele abraço já chegou. Mais ainda, já me encheu e me fez transbordar. Já me disse tudo. Por isso espero... convictamente.

E agora... sinto-o tão próximo.

Isto foi escrito, óbviamente... ontem :p

Thursday, July 06, 2006

Obcecação V

Deixei-te lá ao longe
Com uma pressa, uma angústia
Queria crescer, ser maior
Queria poder, o que não podia
Queria fazer, o que não fazia
Queria ser, o que seria.

Deixei-te sem saudade
Sem olhar para trás
Com vergonha, com embaraço
Quis esquecer o que fui
Largar-me de mim
Recomeçar.

Deixei-te e encontrei-me
Com aquele de quem fugia
E então percebi
Que em ti tudo era puro
Tudo era simples
Verdade.

Deixei-te e perdi-te
Inocência!

Tuesday, July 04, 2006

Obcecação IV

Fizesse eu de mim algo

E choraria como quem reza. E cada lágrima libertaria esta angústia que me consome e faz com que seja menor. Esta ansiedade de querer que me faz morrer na praia. Esta pressa por coisa nenhuma que tem de ser já!

Fizesse eu de mim algo

E olharia como quem vê. Procuraria em mim o que de mais puro existe, a Verdade. Seria fiél. Acima de tudo, seria fiél. Porque é esta fidelidade que liberta. Um saber para onde vou e... sim, saber que vou por aí!

Fizesse eu de mim algo

E entregar-me-ia como (só) quem precisa. Mas desta vez a sério, para sempre. Sem medos. Sem parar para pensar porque, simplesmente, é mesmo isso. Porque se sente!

Fizesse eu de mim algo

E seria Feliz!

Sunday, July 02, 2006

HOJE FAÇO 23 ANOS

Ah pois é... desta vez fui mais esperto! Fugi!

Mas quem fizer questão (assim muita questão), pode deixar aqui um post agradável a desejar-me as maiores felicidades e um dia fantástico e uma boa continuação de vida, etc...

Eu agradeço sempre, independentemente...