Saturday, June 16, 2007

Obcecação LXIX

Do alto ninguém me vê
Armado
Nem tão pouco protegido
Por estes escudos, estas capas
Que me escondem
Seguram
Do mal onde a fé falta
Do bem que não se vê

Do alto caem sorrisos
De quem me vê
Como nem eu vejo
Porque não sei
Qual a cor da minh’alma,
A sua textura
O seu sabor

Do alto soam sinceras
As preces
Que intercedem pela Verdade
Pelo conhecimento desse Amor
Que salva, que cura
Que existe em mim

Conseguisse eu ver!

Do alto
Neófitos da Luz
Ficam perto, atentos

Mais perto
Mais atentos
Porque agora vêem
Como só Deus vê
O Amor

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