Monday, April 30, 2007

Obcecação LXVII

Perco-te nesse meu momento
Criado para ti
Um espaço
Uma fresta
Que deixo aberta
Na minha defesa
Construída por pedras
Mal guardadas

Espero que invadas
Que inrompas
Que de um só golpe
Me destruas

Em vão
Não é sincero o meu pedido
Não é honesta a minha entrega

Tu não entras
Não espreitas
Não te moves
Permaneces

Não me pedes para entrar
Antes queres que saia

Wednesday, April 25, 2007

Obcecação LXVI

É tão fácil para mim berrar-Te
Mas quando me berras
Não To admito

É tão fácil para mim afastar-me
Mas quando Te afastas
Cobro-Te a ausência

É tão fácil para mim calar-Te
Mas quando me calas
Digo que me oprimes

É tão fácil para mim fugir-Te
Mas quando me foges
Digo que me abandonas

É tão fácil para mim chorar
Mas quando Tu choras
Eu ignoro as lágrimas

É tão fácil para mim dizer que não Te precebo
Mas quando Tu não me percebes
Questiono-Te

É tão fácil para mim negar-Te
Mas quando me negas
Fico só

É tão fácil...
Mas Tu não berras
Não Te afastas
Não Te calas
Não me foges
Não choras
E percebes-me sempre
Nunca me negas

Só eu opto pelo mais fácil
Sou um hipócrita!



(Vai um rapaz feliz da vida por achar que é por ali
Quando dá por si dizem-lhe que é para toda a vida
E ele que não gosta de compromissos, compromete-se
E não é que é mesmo por ali!!!)

Monday, April 23, 2007

Obcecação LXV

Atenção
De tanto ouvires
Tornas-te nessas
Bonitas
Palavras

Torna-se o teu discurso
Pensado
Os teus gestos
Medidos
O teu olhar
Nesse outro olhar
Bonito
De que falam essas
Palavras

Só o teu coração
Se mantém imune
Resiste
Luta
Porque lá dentro
Bem dentro de si
Guarda o mais puro
O mais genuíno
Tesouro

A Verdade

(E nem sempre é bonita
Nem sempre comove
Mas não mente
Esta Verdade
Que há cá dentro

E não é nossa)

Sunday, April 15, 2007

Obcecação LXIV

O que te move?

Thursday, April 12, 2007

Obcecação LXIII

Tão grandes os passos
Que dou
Maiores que as pernas
Que tenho
Pequenas para tamanhos
Avanços

Sinto-me crescer
Embrenhado neste caminho
Que é o meu
Para Ti
Sinto-me ganhar
Na dor
No sofrimento
No constrangimento
De me conhecer
Desconhecido

Mais tarde
Percebo-me parado
Vejo que este caminho
De largos passos
Se concretiza à volta
De mim

Grita-me a Verdade
Que ninguém,
Nunca
Conseguirá avançar
Se não souber de onde parte
E que imenso é já este Caminho
De me perceber

Saber quem sou!