De Mafalda Veiga...
para balanço de vida
mas eu sou de letras
não me sei dividir
para mim um balanço
é mesmo balançar
balançar até dar balanço
e sair...
Pedes-me um sonho
para fazer de chão
mas eu desses não tenho
só dos de voar
e agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de que?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde e nao ter nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
Pensa em mim
dentro das mãos fechadas
o que cabe é pouco
mas é tudo o que temos
esqueces que às vezes
quando falha o chão
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos
Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar
e agarras a minha mao
com a tua mao e prendes-me
e dizes-me para te salvar